Autoridades chinesas alegam ter encontrado o novo coronavírus em um carregamento de asas de frango congeladas que foram importadas do Brasil.

A notícia colocou em alerta a população para o consumo de carnes congeladas, especialmente frango e frutos do mar, pois, conforme autoridades chinesas, o vírus foi identificado através de um controle de rotina feito em amostras de asas de frango congeladas, no dia 10. A notícia foi publicada em nota pela prefeitura de Shenzhen, nos arredores de Hong Kong.

O governo brasileiro divulgou, por meio de fontes diplomáticas, que ainda não foi notificado oficialmente sobre o caso. As autoridades chinesas afirmaram, ainda, ter examinado imediatamente as pessoas que entraram em contato com os produtos contaminados e também seus familiares, e informaram que os resultados foram todos negativos para a Covid-19.

O frango seria proveniente de um frigorífico da Aurora, em Santa Catarina e, em justificativa à imprensa, a empresa disse que as informações sobre a suposta contaminação vieram da imprensa local e que não houve notificação oficial até o momento. Além disso, alegou, em nota, que: “as medidas estabelecidas pelas autoridades públicas, relativas ao combate a pandemia, estão sendo integralmente seguidas e cumpridas, além da observância de um rigoroso protocolo individual, aprimorado continuamente, de cuidados com seus colaboradores e terceiros, o que tem sido constatado e confirmado pelas diversas fiscalizações dos entes públicos através das respectivas vigilâncias epidemiológicas”.

Contaminação também nos frutos do mar

Além das amostras de frango brasileiras, o prefeito da cidade de Wuhu, também anunciou a descoberta do vírus nas embalagens de camarão importadas do Equador. Os pacotes estavam armazenados no freezer de um restaurante da cidade.

Desde o início de julho, esta foi a segunda vez que a China registrou a presença do vírus em embalagens de camarão equatoriano, o que coloca o consumo destes alimentos congelados também em alerta.

As possíveis causas da contaminação

Com a notícia da possível contaminação da carne na China, a população brasileira ficou em alerta para a possibilidade de contaminação também no mercado nacional. Vale lembrar que uma pesquisa publicada em março na revista científica New England Journal of Medicine, apontou que o vírus pode permanecer durante até três dias em superfícies plásticas, como embalagens.

Em alguns casos, os produtos acabam chegando às prateleiras dos supermercados, algumas horas após o abate, mas, especialistas acreditam que o risco é pouco provável de contaminação. Além disso, Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, minimizou o risco de transmissão do coronavírus por meio de embalagens de alimentos e disse que: “Não há evidências de que a cadeia alimentar esteja participando da transmissão desse vírus”.

Fonte: UOL

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